sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O filme "A separação"

Essa semana tive o privilégio de assistir a um filme iraniano chamado "A separação". O filme conta a história da tentativa de separação de um casal. Segundo as leis islâmicas, um casal só pode se separar com o consentimento do marido. o dilema é que o marido quer ficar morando no Irã para cuidar do seu pai que sofre do mal de Alzheimer, enquanto a esposa quer morar no exterior e levar a única filha do casal. Esse é um dos dilemas do filme. Outros dilemas aparecem, quando um funcionária é contratada para cuidar do Sr. doente e precisa retirar as suas vestes para limpá-lo, contrariando a tradição islâmica e colocando o dilema se é pecado ou não? Entendo que a riqueza do filme estão nos dilemas colocadas no Irã atual que passam pelas relações familiares, pelas questões religiosas, questões da mulher, aspectos políticos, muito bem explorado nos diálogos feitos no filme. Não espere um filme "prontinho" e facilmente digerido aos moldes hollywodianos, apesar das indicações ao Oscar 2012. Se o seu conceito de filme é que servem de um belo contexto para pensar, então vale a pena assistí-lo. O que foi o meu caso. Faz jus a ideia de que os filmes iranianos são filmes-cabeças. Fica uma dica cultural para ir ao cinema e apreciar esse ótimo filme!

4 comentários:

Memórias das Assembleias de Deus disse...

Vi recentemente a crítica desse filme no site da revista Veja. A editora Isabela Boscov teceu muitos elogios ao filme. Assim que tiver a oportunidade vou apreciar essa excelente obra iraniana.

Abraços!

Memórias das Assembleias de Deus disse...

Ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro. O diretor fez um belo discurso também. O Irã não é só terror, aramas nucleares e obscurantismo. É arte também!

Memórias das Assembleias de Deus disse...

Assisti o filme nesse sábado. Realmente é um filme que faz pensar as questões de valores culturais. Os dilemas humanos ali retratados são interessantes, principalmente nas questões religiosas. É como você escreveu, não é um filme nos moldes Hollywoodianos, mas é uma experiência cinematográfica muito enriquecedora.

Abraço!

edpaegle disse...

Não é um filme "fácil" para assistir, no sentido do cinemão americano, mas ajuda a pensar o contexto familiar no Irã.