Sobre o politicamente correto e o humor escrachado!

Pipocam no Brasil, os chamados stand - up comedy, um tipo de humor que começou recentemente à fazer sucesso no país, com piadas politicamente incorretas, envolvendo costumeiramente gordos, anões, homossexuais, pastores evangélicos, entre outros. O que explica o sucesso desse tipo de programa? Penso que é a chatice do politicamente correto que marca a TV brasileira, notadamente da imprensa marrom, que pouco se pronuncia em termos de opiniões frente aos assuntos do cotidiano. Mas, me parece que caímos para outro extremo, de que o humor não tem limites e pode-se escrachar com qualquer sem o mínimo bom senso. A repercussão dos xingamentos de Rafinha Bastos do CQC para a Folha de SP via twitter, ao que me parece resultou no seu afastamento no programa desta segunda-feira (03/10/2011) substituída por Mônica Iozzi, que alegou que o seu colega estava com câimbras, o que impossibilitava a sua participação. A revista Veja também colocou Rafinha Bastos como campeão da baixaria, em reportagem de capa. Recentemente, Danilo Gentili ao se pronunciar sobre a resistência dos moradores do bairro paulistano de Higienópolis para que tivesse a linha de metrô, afirmara "Eu entendo os judeus de Higienópolis, pois a última vez que pegaram o trem foram para Auschwitz." Não ví nenhuma graça nesse tipo de piada. Acho que o CQC faz piadas bem engraçadas, mas nos últimos tempos, talvez tenha extremado a idéia de ser extremamente politicamente incorreto, me parece forçar a barra. A questão é o humor tem limites? Ou pode-se tudo em nome do humor?