sexta-feira, 4 de março de 2011

"O discurso do rei"

No último domingo, na insossa festa do Oscar, o filme britânico "O discurso do Rei" foi escolhido como o melhor filme. Colin Firth, ator que representa o rei gago George VI ganhou o prêmio de melhor ator. Confesso que fui ao cinema um pouco desconfiado sobre o filme, ainda que atraído pela perspectiva histórica já que a história foi ambientada no entre-guerras na transição entre a morte do rei George V, sendo que o primogênito renuncia ao trono pelo fato de ser divorciado e buscar um novo casamento, o que faz com que o segundo filho, que se tornaria George VI assuma o trono, apesar da sua gagueira que tem que ser superada com as aulas com o terapeuta da fala, Lionel Logue, interpretado magistralmente por Geoffrey Rush. O ponto fraco é que filme parece lento, um pouco "pesado", exceto pelas tiradas excêntricas de Lionel Logue para ajudar a superar a gagueira real. O ponto alto é que é uma história de superação e de trazer um fato histórico pouco conhecido. Além disso, considerei a atuação de Geoffrey Rush superior a de Colin Firth, embora paradoxalmente ele não tenha levado o Oscar de ator coadjuvante. O crítico de cinema Rubens Ewald Filho afirmou que a decepção com a vitória de melhor filme com "O discurso do rei" não agradou a imprensa, que preferia um filme mais polêmico, ou quem sabe, onde tivesse um mal exemplo. Por aí, o filme parece conservador, mas qual o problema disso? Ou o público e a imprensa adora os maus exemplos nos filmes?

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