sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Micos de viagem (ou seriam diferenças culturais?)

Queridos leitores como todo viajante tem boas histórias para contar, compartilho com vocês alguns micos da minha pequena estada na Europa. Farei uma lista que não é necessariamente do maior mico para menor, cabe ao leitor julgá-la. Penso que ao menos será divertido!

1) Chegada no aeroporto em Lisboa, eu fui proibido pelo taxista de sentar ao lado dele, mesmo sendo o único passageiro. O motivo até hoje não sei. Conversei com portugueses à respeito e percebí que é um procedimento comum e talvez justificado pela questão do respeito as hierarquias na sociedade portuguesa. Num famoso estabelecimento comercial também fui repreendido por sentar sme pedir autorização para o sr. garçon;

2) Ao fazer um contato para conseguir uma casa em Lisboa, a dona da casa me deu o endereço e falou a rua, o número do prédio e disse "terceira a esquerda". Ficou inculcado com aquilo. Achei que teria que pegar a terceira rua a esquerda. Caminhei até o endereço e ví o apartamento e ao lado dos números ora a letra D, ora a letra E. Sim, é verdade, pois diferente dos brasileiros que diriam apartamento 31 (ou 301), 32 (302) e assim por diante os portugueses dizem terceira a direita e terceira a esquerda. Ao siar do elevador ou da escada você tem a referência e isso é tão importante que está até nas correspondências, ou seja, é oficialmente assim! Depois descobrí que em Madri também existe essa prática;

3) Em Viena, no aeroporto esperando ônibus para Praga (sim, no aeroporto de Viena também tem viagens de ônibus!) estava no banheiro masculino quando levei um susto, uma mulher limpando o banheiro masculino tranquilamente! Estranhíssimo!;

4) Outro "causo" em Viena foi com a pia do albergue. Eu e um colega carioca não conseguíamos tirar a tampa que impedia a água de escorrer da pia. Se esforçamos bastante e nada! Quando o carioca me avisou que provavelmente havia uma engenhoca para desobstruir o ralo da pia. Dito e feito! No outro dia, um funcionário alemão levanta mansamente um cabo atrás da torneira e resolveu o problema!;

5) Em Praga, estava com um amigo brasileiro e um casal de mexicanos. Almoçamos tranquilamente, quando no final pedí a conta em separado, falando em inglês. O garçom disse que não poderia fazer isso. Pior, entregou a conta em tcheco!;

6) Chegada em Viena traumática (seria pela sexta-feira 13!). Vindo de Lisboa chegou às 21:30 no aeroporto de Viena. Não acho nenhum guia com mapas da cidade (trem e metrô). Hum, mal sinal! Como não fala alemão, esperava coisas piores. Me achego com meu inglês bem básico e faça amizade com um passageiro e ele fala que uma parte do trajeto de trem ele vai fazer igual, além de me ajudar a comprar o bilhete. Parecia meio caminho andado. Surpreendentemente o trem para duas vezes devido a reforma dos trilhos (paradas em torno de 15 minutos para a reclamação geral, sendo que na segunda parada ficamos em frente do cemitério por volta das 23:00!) . Consigo chegar na estação de metrô, mas perco em Viena com a direção do albergue. Peço informação para um jovem, ele me indica a direção errada com o seu GPS. Pergunta para uma outra Sra. que não falava inglês. Vejo um táxi e penso é minha chance. Vejo aparentemente um turco dirigindo (e logo penso, vou ficar sem dinheiro!). Falo o nome da rua e do endereço e ele fala que está muito longe (agora, sim, tenho certeza que vou perder todo o meu dinheiro na corrida de táxi!). Mostra o papel com o endereço e o motorista me diz que havia dito o nome da rua errado (claro, não sei nada de alemão e ao mesmo tempo ufa, presumo que seja mais perto ). Finalmente consigo chegar no albergue;

7) Chegada em Praga a 1:00 sem nenhum metrô aberto, somente com euro na mão (e não coroa tcheca) e com policial que parece não saber falar inglês. O jeito foi conseguir um taxista que falasse inglês. Felizmente cheguei bem no albergue!;

Por enquanto os micos são esses, tenho certeza que crescerá com as viagens!!





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