terça-feira, 17 de agosto de 2010

Os cristãos e a política

Os cristãos e a política


Estamos mais uma vez vivendo no Brasil um período eleitoral, sendo que no próximo mês de outubro teremos a oportunidade de escolhermos cinco cargos: presidente, governador, senadores, deputados estaduais e federais. Como cristãos, cabe-nos lutar também pelos princípios do reino também no campo da política, tais como: justiça social, meio ambiente, educação e saúde de qualidade, segurança pública, enfim tudo que afeta o nosso bem-estar e o bem-estar do outro.
O termo político vem da polis grega, que eram as cidades-estados da Antiguidade Clássica, sendo que em Atenas era onde eram discutidos os problemas nas praças com a presença dos cidadãos. Claro que com a população atual, isso tem se tornado impossível que todos os cidadãos brasileiros se reúnam num mesmo lugar para discutir e debater assuntos do seu interesse. Por isso, necessitamos ter bons representantes que sejam cobrados e fiscalizados pela população no interesse do bem público.
Temos acompanhado uma quantidade enorme de candidatos que se dizem evangélicos, muitos deles, chamados pastores, que procuram usar a religião para benefícios próprios, inclusive com constrangimento por parte dos eleitores evangélicos, na defesa do chamado “voto evangélico”. Precisamos ser cautelosos. Púlpito não é palanque eleitoral! Quem pede votos num determinado candidato em nome de Deus usando o púlpito da igreja para essa finalidade, usurpa da consciência religiosa e espiritual das pessoas.
Percebemos muitas vezes, duas posturas errôneas em relação aos evangélicos na política. De um lado, um desencanto com a política, que a confunde com politicagem, no sentido pejorativo do temo, afirmando que o cristão não deve se envolver na política, pois considera algo mundano. Do outro lado, entende política, como um reino onde os evangélicos devem abocanhar o maior número de cargos possíveis e criar leis que apenas supostamente o beneficiem (lei do silencia, dias comemorativos ligados aos eventos evangélicos, conseguir concessões de Tv e rádio para as suas denominações, entre outros), usando de forma equivocada, a idéia que os evangélicos “devem ser cabeça e não cauda.”
Creio que as duas posturas estão erradas. A primeira por mostrar um desinteresse pela política, ou seja, pelo bem comum. A segunda, por entender que a política deve ser apenas para o bem dos evangélicos e não para o bem público, desvirtuando a idéia de polis já mencionada. Devemos sim orar pelas autoridades, capacitar os cristãos que tem vocação para a política e nos informarmos para votarmos nos candidatos que estão mais bem preparados.

Nenhum comentário: