quinta-feira, 4 de março de 2010

Dicas culturais para sexta-feira

Pessoal, aqui duas dicas culturais para sexta-feira em Floripa:

Mostra de filmes Brasil-Alemanha
Quando: sexta-feira 05/03 - horário à parir das 14:00.
Onde: Fundação cultural Badesc - Rua Visconde de Ouro Preto, 216 - Centro
Quanto: Gratuito

Filmes: 14h – Programa 1 68min
Escolar (7’) • A Maior Invenção de Gregor (11’) • Finow (8’)
Passageiro Clandestino (12’) • Legal! Adrian Dança (15’) Vanessa, O Grande Salto (15’)

16h – Programa 2 68min
A Maior Invenção de Gregor (11’) • Finow (8’) • Atualmente Morto (18’)
Quase ao Alcance (9’) • Passageiro Clandestino (12’) • Genial (10’)

19h – Programa 5 69min
A Professora em Uma Comunidade Alemã (15’) • Tour do Amor (9’)
lançamento Maestro Heinz Geyer (45’) COM A PRESENÇA DO DIRETOR

Informações: http://www.dialogos.comunica.org.br/

Camerata Florainópolis
Temporada 2010 - Haydn, Profokyev, Silvelins, Tchaikovsky e Saint-Saélins.
Onde: Teatro Gov. Pedro Ivo
Quanto: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia-entrada)

05 de Março – 21h
TEATRO GOVERNADOR PEDRO IVO


Concerto para Oboé e Orquestra em Dó Maior
Allegro spiritoso
Andante
Rondo: Allegretto
FRANZ JOSEPH HAYDN
[Paulo Barreto - oboé]

Sinfonia no1 em Ré Maior op. 25 “Clássica”
Allegro
Larghetto
Gavotta - Non troppo Allegro
Finale - Molto Vivace
SERGEI PROKOFIEV

Valse Triste, op.44
JEAN SIBELIUS

Andante Cantabile para Violoncelo e Orquestra de Cordas
PIOTR ILYICH TCHAIKOVSKY
[Antonio Del Claro - violoncelo]

Concerto para Violoncelo e Orquestra em Lá menor op. 33
Allegro non troppo
Allegretto con moto
Un peu moins vite
CAMILLE SAINT-SAËNS
[Antonio Del Claro - violoncelo]


As Obras

Concerto para Oboé e Orquestra em Dó Maior Hob VIIg-C1
FRANZ JOSEPH HAYDN (1732 - 1809)
Acredita-se que o Concerto para Oboé e Orquestra em Dó Maior tenha sido escrito na primeira década do século XIX, e sua autoria, anteriormente atribuída a Franz Joseph Haydn, é discutida desde a década de 60.
Seu único manuscrito foi encontrado em uma biblioteca de um monastério em Zittau, e trazia em sua folha de rosto o nome de Haydn, muito embora hoje se saiba que a obra não fora escrita pelo compositor.
Organizado na estrutura de concerto clássico, possui três movimentos - Allegro spiritoso, Andante, e Rondo: Allegretto. A obra é um exemplo modelar de concerto clássico para instrumentos de sopro: linhas melódicas finamente contornadas, com toda a gama de possibilidades técnicas que o oboé oferecia naquela época ricamente exploradas.
Particularmente interessantes são o movimento lento, onde a sonoridade melodiosa do oboé fica mais evidente e o Rondo, que explora a virtuosidade do instrumento.

Sinfonia no1 em Ré Maior op. 25 “Clássica”
SERGEI PROKOFIEV (1891 - 1953)
Sergei Prokofiev é o compositor russo mais popular do século XX, e em sua primeira sinfonia trabalha com a estética e a forma musical do período de Haydn e Mozart.
Escrita às vésperas da Revolução Russa, estreou em abril de 1918, tendo sido regida pelo próprio compositor.
Apesar da obra contar em seus movimentos com a estrutura clássica utilizada no século XVIII – Allegro em forma sonata, Larghetto ao estilo de um Minueto, Gavotta e um Finale enérgico - o estilo neoclássico está intimamente ligado ao modernismo de Prokofiev. Isto aparece claramente através de harmonias dissonantes e repentinas surpresas rítmicas, características na obra do compositor.

Valse Triste, op.44
JEAN SIBELIUS (1865 - 1957)
Composta em 1904, a Valse Triste op.44 serviu como música incidental para Kuolema (Morte), peça de Arvid Jänerfelt, cunhado de Jean Sibelius. O compositor escreveu um grupo de seis peças para a montagem, e posteriormente adaptou a primeira como miniatura de concerto.
A obra acompanha a seguinte cena: o personagem central está à cabeceira da cama de sua mãe que está morrendo, enquanto ela lhe conta do seu sonho de ter ido a um baile. O tema sombrio contrastando com uma brilhante melodia efetivamente retrata a ação, e é uma das peças mais conhecidas do compositor finlandês.

Andante Cantabile para Violoncelo e Orquestra de Cordas
PIOTR ILYICH TCHAIKOVSKY (1840 - 1893)
Em sua forma original, o Andante Cantabile, que se baseia numa canção folclórica ucraniana, faz parte do Quarteto para cordas no1 em Ré Maior, op.11, sendo o seu segundo movimento.
Sob encomenda do violoncelista Anatoli Brandukov, o próprio Tchaikovsky fez uma transcrição para violoncelo e orquestra de cordas. Essa obra evoca para o compositor um dos momentos mais honrosos de toda sua vida. Em dezembro de 1876, o escritor Léon Tolstoi foi convidado para uma solenidade no Conservatório de Moscou, onde foi interpretado o Quarteto em Ré Maior. Segundo Tchaikovsky: “Eu provavelmente jamais estarei tão lisonjeado, e tão orgulhoso de ser um compositor, do que no momento onde Léon Tolstoi, que estava sentado ao meu lado, se desmanchou em lágrimas durante a interpretação do Andante do meu primeiro Quarteto”.

Concerto para Violoncelo e Orquestra em Lá menor op. 33
CAMILLE SAINT-SAËNS (1835 - 1921)
Versátil, prolífico e muito refinado, o compositor Camille Saint-Saëns foi o único compositor francês do século XIX que conseguiu com sucesso compor na tradicional forma concerto, tendo produzido dez obras desta natureza.
O primeiro de dois concertos para violoncelo, o Concerto para Violoncelo em Lá menor, op.33 foi escrito na década de 1870, quando Saint-Saëns estava no auge de sua habilidade composicional.
Sua estreia aconteceu na sala de concertos do Conservatório de Paris, e teve como solista o famoso violoncelista Auguste Tolbecque, a quem o concerto fora dedicado.
No primeiro andamento, Allegro non troppo, o solista introduz o tema principal, caracterizado por seu movimento em quiálteras descendentes, ao qual se opõe um tema lírico. Sem transição inicia-se um Allegretto con moto em Mi bemol Maior, de gênero scherzo, dinâmico, porém discreto, contendo um tema de dança que, exposto pela orquestra, opõe-se em contraponto a uma grandiosa ária do violoncelo. Também sem transição segue-se enfim o terceiro movimento, uma espécie de recapitulação do Allegro inicial, porém de forma tão livre que o solista parece introduzir em certos momentos um novo material. Uma coda brilhante em Lá Maior conclui esse magnífico concerto.


Solistas

Antonio Del Claro

Antonio Del Claro é um dos instrumentistas mais brilhantes de sua geração e um dos mais sinceros intérpretes da literatura musical do violoncelo”. Assim se referia Pierre Fournier, o grande violoncelista e professor de Del Claro.
Considerado um dos instrumentistas mais completos do Brasil, que com seu virtuosismo se destaca por igual no terreno da música de câmara e no concerto como solista de orquestra.
A crítica especializada brasileira e do exterior reconhece sua capacidade de captar toda a substância musical das obras, através de sua postura austera, técnica aprofundada e convicção interpretativa.
Como solista atua junto às maiores orquestras brasileiras, nos importantes centros culturais do país. Foi solista convidado da Orquestra de Câmara de Moscou, quando em tournée pelo Brasil.
Tem atuado também na França, Suíça, Itália, América Latina e EUA.
Como professor, fez parte do corpo docente da UNICAMP, foi professor convidado da Fundação Carlos Gomes de Belém – PA, ministrando aulas a bacharelandos em Violoncelo e monitores. Realiza seminários de violoncelo e Master-Classes em diversas cidades do Brasil e EUA, participando também dos mais importantes festivais de música tais como: Festival Internacional de Curitiba, Festival de Inverno de Campos do Jordão, Festival de Música de Londrina, Festival de Música de Juiz de Fora, Festival Música nas Montanhas de Poços de Caldas e Femusc.
Gravou recentemente o CD “Tributo a Guerra Peixe”, juntamente com José Staneck - Gaita e Flavio Augusto - Piano. E o DVD “Contraponto 2” com obras de Aloísio Didier, juntamente com a pianista Maria Tereza Madeira.

"O violoncelo é um dos instrumentos privilegiados que não resiste senão é tratado aristocraticamente, como o fez Antonio Lauro Del Claro, o músico que tocou para nosso encantamento, demonstrando sua visão musical e sua sensibilidade refinada"
La Suisse – Genebra – Suíça



Paulo Barreto

Paulo Barreto iniciou seus estudos no Recife, onde passou a integrar a Orquestra Sinfônica do Recife, a regência do maestro Eleazar de Carvalho. Desde 1987, é integrante da Orquestra Sinfônica do Paraná, e como primeiro oboé solista desde 1989. Após concluir o curso superior na Escola de Música e Belas Artes do Paraná, especializou-se em Berlim, na Alemanha, como bolsista do governo alemão (DAAD), de 1995 a 1999, sob orientação dos professores Ricardo Rodrigues (Hochschule für Musik “Hanns Eisler”) e Dominik Wollenweber (Orquestra Filarmônica de Berlim). Durante este período, atuou sob a regência do maestro Helmut Rilling e do Prof. Karl Leister. Também participou como solista com a Singakademie de Frankfurt e com a Orquestra Filarmônica de Frankfurt, com a qual realizou tournées pela Europa e apresentou-se junto ao violoncelista Mstislav Rostropovich. No Brasil é detentor de vários primeiros prêmios como solista, onde atuou sob a regência de maestros como Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchesvky, Alceo Bocchino, entre outros, e em grupo de câmara, destacando-se o primeiro lugar no Concurso Nacional Santa Marcelina (São Paulo) com o Quinteto de Sopros de Curitiba, do qual é membro fundador. Desde 1993 é professor no curso superior da EMBAP.

Mais informações: http://www.camerataflorianopolis.com.br/?q=cHNob3c9YWdlbmRhJml0ZW09MTI4c2xkaDNs

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