terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
O Brasil e a política externa
O presidente Lula e a sua equipe ministerial tem recentemente se envolvido em polêmicas na política externa. Uma delas foi em El Salvador, quando ofereceu a embaixada brasileira em Tegucigalpa para o presidente deposto Zelaya, que utilizava esse espaço para articular uma possível volta ao poder, o que acabou não ocorrendo. A eleição de Porfírio Lobo pôs fim ao imbróglio hondurenho, embora o Brasil ainda não reconheça o atual governo hondurenho. A mais recente polêmica está relacionada a questão das Malvinas (ou Falklands para os ingleses). O presidente Lula afirmou que os ingleses não tem direito de explorar o petróleo na ilha. O governo argentino já havia divulgado o seu descontentamento com o fato da petrolífera Desire Petroleum, iniciar a exploração na região. Historicamente, o conflito envolvendo a Argentina e a Inglaterra, teve o seu auge na Guerra das Malvinas, em 1982, que marcou a vitória dos britânicos, na época governada por Margareth Thatcher e permitiu o fim da ditadura militar argentina, um ano depois. Creio que para o Brasil se meter nesse conflito, seria a possibilidade de se trazer mais incômodos a política externa brasileira. Lula tem buscado marcar uma posição mais forte como um ator no cenário internacional, com claro intuito de fazer com que o Brasil ocupe uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, que segundo ele, reflete a uma estrutura política do pós-Segunda Guerra Mundial, com os EUA, a Rússia, a China, a Inglaterra e a França, como os cinco países permanentes, com cada um deles, possuindo o poder de veto. O Brasil busca se articular no campo político e no campo econômico para conquistar esse vaga, utilizando diversas estratégias, como: a participação militar no Haiti, a compra de aviões franceses para as Forças Armadas Brasileiras, a articulação econômica além do eixo EUA-Europa, notadamente com a China, a Índia, o Oriente Médio e a África. Entre erros e acertos, a política externa brasileira busca com afinco essa vaga no Conselho de Segurança da ONU.
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Nenhum comentário:
Postar um comentário