segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Futebol e justiça

Dizem os boleiros de plantão, que futebol é uma metáfora da vida humana. As vitórias e as derrotas, as virtudes e os defeitos dentro das quatro linhas ocorrem também na vida. A diferença entre o vilão e o herói numa partida de futebol pode ser pequena. Venho nessas breves linhas colocar a questão da justiça seja no futebol, e por extensão, na vida. O cenário: estádio Saint-Denis, na França. O jogo: França e Irlanda. A data: 17/11/2009. O jogo era válido pela repescagem européia, ou seja, valia vaga na Copa do Mundo do ano que vem na África do Sul. No primeiro jogo, a França havia vencido a Irlanda por 1 a 0. A esquadra da Gália jogava pelo empate para carimbar o passaporte para o mundial. A Irlanda vencia em Saint-Denis pelo mesmo placar 1 a 0, na prorrogação, o que levaria para os pênaltis a disputa da vaga. Num lance na linha de fundo do ataque francês, Thierry Henry domina a bola com 2 toques de mão e cruza para Gallas fazer um gol de cabeça, confirmado pelo juiz. De nada adiantou os jogadores irlandeses reclamarem do gool que os tirou da Copa. De fato, o próprio Gallas ficou constrangido com o gol. Aqui levanta-se a questão, o que deve-se fazer num caso desses. Alguns, como eu, defendem o uso de tv para auxiliar os árbitros e mesmo uso de mais de 1 juiz para facilitar o trabalhos deles. Outros, entretanto, são contra o uso da tv nesses casos. Defende o uso de Tv nesse caso, porque além de serem usados em outros esportes ( futebol americano, basquete, entre outros), defendem aqueles que forem prejudicados. Os do "contra" dizem que futebol é um esporte polêmico, e a discussão e o debate que alimentam o esporte bretão. Se você falou isso, provavelmente você não é irlandês! Maradona, Túlio, continuam a fazer escola. Se nesse caso não predominou a justiça, como cobrarmos justiça na vida cotidiana. Futebol é metáfora, como disse no início do texto.

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