quarta-feira, 20 de agosto de 2008
A síndrome terceiro-mundista
Um dos fatos que me chamaram a atenção durante as Olimpíadas de Pequim, foi a questão da perda de uma das varas da atleta brasileira Fabiana Mürer. Sem dúvida, esse fato, desconcentrou a atleta e prejudicou o seu desempenho. Do outro lado, a prova da natação que o atleta estadunidense Michal Phelps ganhou a sua oitava medalha de ouro numa mesma edição de uma Olimpíada, (superando o compatriota Mark Spitz, em 1972) teve o horário alterado na prova, para que os telespectadores estadunidenses pudessem assistir esse recorde num horário nobre. A combinação desses dois fatos mostra-nos uma coisa: a nossa síndrome terceiro-mundista. Jamais imaginaríamos uma atleta francesa, chinesa ou estadunidense com uma vara perdida pela organização numa prova de atletismo ou mesmo modificar um horário para que os telespectadores brasileiros assistissem uma prova na qual uma das suas atletas fossem favoritas. Resumo da ópera: estamos longe de sermos representados no cenário mundial. Esses fatos nos Jogos Olímpicos são metáforas de como ainda somos tratados como terceiro-mundista, infelizmente.
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Nenhum comentário:
Postar um comentário