quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Um desafio para os evangélicos brasileiros!

O título da socióloga Grace Davie ao analisar a religiosidade britânica à partir de 1945 é sugestivo e contém algo como "Believing without Belonging" (algo como "Crer sem pertencer"). No caso brasileiro algo comum no ditado popular era se referir aos milhões de católicos nominais, como "católico não praticante". Claro que acho estranho esse tipo de expressão. Ora, se não é praticante de uma fé religiosa, por que se considera praticante? Agora surge uma nova categoria para os que estudam a religiosidade brasileira os evangélicos desigrejados. Pesquisas (veja em http://www.genizahvirtual.com/2011/08/cresce-o-numero-de-evangelicos-sem.html) apontam para projeções de cerca de 4 milhões de evangélicos desigrejados, algo como 14% da população que se declara evangélica. Para alguns poderia estar ocorrendo o fenômeno do "evangélico não-praticante", o efeito gospel do "católico não-praticante", que estão sem frequentar um ou mais espaços religiosos, mas continuam acreditando em Deus. Tempos atuais em que as instituições estão em xeque e que a sua credibilidade é discutida. Para as igrejas evangélicas brasileiras foi aceso o sinal amarelo e existe uma necessidade de pensar estratégias específicas para abordar esse público para que volta à participar da dimensão comunitária representada pela igreja. As igrejas estão pensando nisso??

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