sábado, 9 de abril de 2011

Sobre a tragédia no Rio!

Desde quinta-feira a mídia brasileira focou na tragédia do Rio do massacre proporcionado por um jovem de 23 anos que atirou contra várias crianças e adolescentes e que matou 12 numa escola municipal do Rio de Janeiro. Lembrei quando conversava com um colega meu de profissão, também professor quando refletíamos sobre o nível de violência das escolas e que tragédias que aconteciam nos Estados Unidos começariam também à acontecer aqui no Brasil. Infelizmente foi só uma questão de tempo. Procuro elencar alguns pontos para reflexão:

1) As escolas refletem a violência da sociedade. Nem mais nem menos. As escolas não são melhores nem piores que a sociedade. Refletem o contexto dela. Numa sociedade violenta e injusta porque a escola refletiria algo diferente? Por que haveria segurança nas escolas numa sociedade insegura?

2) O desejo de vingança de alunos ou ex-alunos que sofreram o chamado bullying pode ser silencioso, mas foi potencializado na tragédia no Realengo, bairro carioca.

3) O desrespeito as mínimas regras de civilidade e sociabilidade na convivência entre alunos, professores, pais e direção tem constituído uma geração que não valoriza a coletividade e os espaços públicos. O espaço público, como bem lembrou Roberto DaMatta no Brasil parece ser de ninguém e pode por isso ser destruído, desprezada e descuidado. Ninguém se sente na obrigação e no direito de cuidá-lo.

4) A falta de limites para os alunos e a extrema limitação da autoridade do professor tem sido uma lástima para as escolas.

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