sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Indecências políticas!

Indecência 1

O aumento nesta semana do salário dos parlamentares votado em apenas 5 minutos numa semana típica de desmobilização pela proximidade do Natal só piora a imagem do Congresso Nacional e da classe política em geral. O salário de um deputado federal e dos senadores passará de R$ 16.512,09 para R$ 26.723,13. Um deputado federal ganha além do salário fora os R$ 60.000,00 de verba do gabinete, os R$ 29.268,09 (passagens aéreas, cota postal, água, telefone e aluguel de escritórios políticos) mais auxílio-moradia de R$ 3.000,00 (desde que não more em apartamento funcional), totalizando que o novo salário um gasto mensal de R$ 118.991,22 por deputado federal e R$ 147.779,00 por senador. Além disso ganham o décimo-terceiro, décimo-quarto e décimo-quinto salários. O projeto aumento também os gastos em cascata, pois um deputado estadual passará a ganhar 75% desse novo valor e os vereadores entre 20% a 75%. O presidente e o vice, os ministros também passarão à receber o mesmo valor de um deputado federal.
Enquanto isso para aumentar o salário mínimo.... Quando não aumentam o salário de uma categoria profissional dizem que não podem ultrapassar a folha de pagamento e desrespeitarem a lei de responsabilidade fiscal (dos pagamentos não ultrapassarem mais de 60% da arrecadação), mas por que a lei não se aplica à eles.
Surgem inclusive frase inacreditáveis, como o do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) que afirmou que "Tem alguns deputados de Roraima, de Rondônia, do Acre, que vem lá do fim do mundo, com seis ou sete filhos, que têm até dificuldade de exercer o mandato." Que pérola hein!! Coitados, receberem R$ 118.991,22 para deputado federal e R$ 147.779,00 para senador me dá uma pena e uma dor no coração!!!
Tiririca, afirmara que "chegou no Congresso Nacional num dia bom!" (já que foi votado o aumento dos parlamentares). Durma-se com um barulho desses!

Indecência 2!

A vitória da oposição com Jaime Tonello (DEM) por 9 votos à 7 sobre João da Bega (PMDB) para a presidência da Câmara dos Vereadores de Florianópolis com acusações de 3 vereadores com votos comprados (Asael Pereira do PSB, Ricardo Camargo Vieira do PC do B e Marcos Aurélio Espíndola, o Badeko do PPS) pelo prefeito da capital, Dário Berger (PMDB) que teriam vendido os seus votos.Os três votaram no candidato Jaime Tonello, oposição ao prefeito. Para piorar a situação, João da Bega (PMDB) afirmou que Gean Loureiro(PSDB) sabia dessa situação e da compra de voto por R$ 230.000,00 sem citar o nome do vereador, o que pôs todos os vereadores em risco. O prefeito Dário Berger acusou Asael Pereira de pedir R$ 300.000,00 para votar na situação.
Ficam as seguintes questões:
1) Por que João da Bega falou apenas quando perdeu. Se tivesse ganho teria falado??
2) As irregularidades de Dário Berger na prefeitura, como nos casos Moeda Verde e Natal de R$ 3 milhões sem o tenor Andrea Bocelli do ano passado podem inclusive gerar o seu impeachment, o que alçaria o presidente da Câmara dos Vereadores com chefe do executivo. Estaria Dário com medo dessa hipótese e partido para as acusações?
3)Por que Gean Loureiro ainda não se defendeu. O político tucano que alça a prefeitura da capital catarinense ainda nada falou. Não parece estranho alguém ser acusado de saber de um ato de corrupção e ficar calado??
Durma-se com um barulho desse dois!

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