A sensação atual é que a história está sendo escrita de forma maiúscula. As manifestações que pipocam em todo o Brasil apresentam características importantes que gostaria de destacar:
1) Uma manifestação tipicamente da sociedade civil, sem líderes, movimentos partidários ou exclusiva à determinados setores. Embora, alguns tentem tomar o movimento como seu para legitimá-lo como sua bandeira;
2) As reivindicações são múltiplas. Considerando que o descontentamento começou em diversas cidades contra o aumento das passagens de ônibus, com maior visibilidade midiática em São Paulo e Rio de Janeiro e coincidiu com o momento do início da Copa das Confederações (protestos no Rio e em Brasília antes dos jogos e a vaia para Dilma e Blatter), apareceu com múltiplas demandas (contra os gastos exorbitantes da Copa do Mundo 2014, contra a má qualidade da educação e da saúde nos serviços públicos, contra a corrupção, entre outros). Difere, portanto de outras manifestações históricas com demandas específicas (por exemplo, a "Marcha dos 100 Mil" em 1968 contra a ditadura militar; em 1984 pelas "Diretas-Já" e 1992 pelo impeachment de Collor);
3) O uso pela primeira vez das mídias sociais no Brasil como recurso para organização de manifestantes;
4) O questionamento da polícia em São Paulo frente aos manifestantes na última quinta-feira em virtude de violência frente aos manifestantes e jornalistas;
5) A crítica aos políticos profissionais frente as demandas reprimidas. Quebra-se a idéia de um povo que aceita tudo pacificamente. Recuo dos políticos frente à essa situação. O esgotamento da democracia representativa frente a democracia participativa.
1) Uma manifestação tipicamente da sociedade civil, sem líderes, movimentos partidários ou exclusiva à determinados setores. Embora, alguns tentem tomar o movimento como seu para legitimá-lo como sua bandeira;
2) As reivindicações são múltiplas. Considerando que o descontentamento começou em diversas cidades contra o aumento das passagens de ônibus, com maior visibilidade midiática em São Paulo e Rio de Janeiro e coincidiu com o momento do início da Copa das Confederações (protestos no Rio e em Brasília antes dos jogos e a vaia para Dilma e Blatter), apareceu com múltiplas demandas (contra os gastos exorbitantes da Copa do Mundo 2014, contra a má qualidade da educação e da saúde nos serviços públicos, contra a corrupção, entre outros). Difere, portanto de outras manifestações históricas com demandas específicas (por exemplo, a "Marcha dos 100 Mil" em 1968 contra a ditadura militar; em 1984 pelas "Diretas-Já" e 1992 pelo impeachment de Collor);
3) O uso pela primeira vez das mídias sociais no Brasil como recurso para organização de manifestantes;
4) O questionamento da polícia em São Paulo frente aos manifestantes na última quinta-feira em virtude de violência frente aos manifestantes e jornalistas;
5) A crítica aos políticos profissionais frente as demandas reprimidas. Quebra-se a idéia de um povo que aceita tudo pacificamente. Recuo dos políticos frente à essa situação. O esgotamento da democracia representativa frente a democracia participativa.
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