domingo, 18 de novembro de 2012

Ilha da fantasia!

Talvez os mais saudosistas por volta dos 30 anos ou mais lembram de um seriado vinculado na Globo que se passava no Havaí que tinha o mesmo nome do título desse blog. Antes fosse escrever sobre essa amenidade, sobre revivals ou coisas assim.  Não, escrevo sobre os ataques aos ônibus na ilha de Santa Catarina e no estado inteiro naquilo que os publicitários apelidavam de "Ilha da Magia" ou no "Sul maravilha"  no desejo romântico de milhares de forasteiros que tinha Floripa como o paraíso na terra que tanto alardeavam aos quatros ventos a qualidade de vida e coisas do tipo.  Os ataques aos ônibus, as bases policiais e o medo da população desfez o encanto da "ilha da magia". Há muito tempo já tenho a sensação que a ilha de Santa Catarina se tornou uma "ilha de fantasia". "Fantasia", no sentido, de uma cidade maquiada, turística, onde as belas praias e as belezas naturais escondem as graves deficiências na segurança pública, na educação, na saúde, no saneamento básico, na especulação imobiliária e na infra-estrutura urbana. Lembra de alguma capital do país que ficou no escuro durante 2 dias por que a única ligação entre a ilha e o continente foi cortada por causa de um liquinho (parece piada, mas não é!)?  Aonde se tinha um bairro de praia como os Ingleses que com 60 mil habitantes chegou até recentemente não ter um ponto de táxi? Aonde as pessoas perdem vôos por causa da pista fechada dos jogos do Avaí? Bem-vindo a Floripa! Agora sim, com a s notícias na mídia sobre os ataques dos bandidos em represálias aos maus tratos policiais em São Pedro de Alcântara, a ilha da fantasia caiu por terra. Floripa nua e crua aparece na mídia. Sempre me impressionou como estamos preocupados com que os outros pensam sobre nós mais do que a realidade propriamente dita. Os atentados evidenciam uma realidade que era constantemente escondido, ainda mais numa cidade turística como Floripa. A máscara da ilha da fantasia caiu, a insegurança e as décadas de ausência de política  públicas consistentes evidenciam a ilha real, longe da visão idílica das imobiliárias e do turismo da capital catarinense. Recebemos uma lestada de realidade!

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