segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Sobre o leilão da virgindade de uma estudante catarinense

Recentemente tem pipocado na imprensa notícias sobre o leilão da virgindade pela Internet da estudante catarinense Ingrid Migliorini de 20 anos. Ontem  (domingo, 14 d eoutubro de 2012 na página A2) me surpreendí negativamente com  um dos editoriais da Folha de SP na coluna assinada pelo jornalista Hélio Schwartsman intitulada "O fim da virgindade", onde começara o artigo escrito "Acaba hoje o prazo para fazer um lance pela virgindade da estudante brasileira Ingrid Migliorini. Já lhe ofereceram US$ 255 mil pelo direito da primeira noite. Penso que a jovem está certissima. Vai levantar um bom dinheiro para entregar uma simples abstração, que a maioria das meninas dá de graça a seus namorados. Se há algo chocante na história é o valor que nós, como espécie, atribuímos a virgindade."  Só posso entender a proposta da estudante como prostituição, da venda de sexo por dinheiro, nada mais, o que  daí se falar para esconder esse fato será o uso do politicamente correto. O que surpreendeu negativamente foi o fato do "vale tudo" para conseguir dinheiro e de tal fato ser visto como dentro de um padrão de normalidade pelo jornalista. Chamar sexo de abstração e reduzir à um negócio na qual a justificativa da quantia conseguida permite esse tipo de conduta me soa como algo profundamente lamentável. Sou obrigado a me posicionar contra a postura tanto da estudante quanto do jornalista, pois como bem disse Martin Luther King, "o que me preocupa não é o barulho dos maus, mas o silêncio dos bons."

2 comentários:

Matheus Felipe disse...

É isso mesmo meu caro. Vivemos o tempo da ditadura do liberalismo moral e da permissividade. Tudo se tornou relativo para a sociedade dos nossos dias e creio plenamente que é a ausência de opinião que sepulta o que resta ainda de verdadeiro e integro. As palavras de King traduzem bem os nossos dias. Se nada dissermos, se nada opinarmos, se nada fizermos.... Fico pensando... O que será do amanhã? Abs. Matheus.

edpaegle disse...

A linha é de pensamento é essa mesmo. Abraços, Duda!