quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sobre uma experiência cristã intercultural

Cheguei na Faculdade de Letras na Universidade de Lisboa às 19:00 esperando o meu contato para a plenária da GBU, o equivalente a ABU no Brasil. Logo, o meu contato apareceu e me dirigí para a sala do encontro. Como não domino os códigos de comportamento, estava numa expectativa em relação ao formato da plenária. Havia um bom número de jovens ali, de várias procedências, indianos,brasileiros, africanos e portugueses. Com música, entrevistas, recordações das plenárias do ano (pois essa era a última) e estudo bíblico, o que mais me surpreendeu. Primeiro, começar um estudo de um grupo universitário cristão com Nietzsche, passou por Weber e chegar num texto que narra que Jesus falou com uma figueira não é algo usual... O estudo foi excelente, tratou do texto de LC. 11.12-14. Tratou de Jesus tendo fome e olhou para a figueira que não dera figo, pois não estava no seu tempo e foi amaldiçoada por Jesus. Reflexões aqui. A primeira é humanidade de Cristo (Ele teve fome). A segunda é a expectativa de frutos. A figueira naquele contexto era extremamente desejada, o chocolate da época. Quando Jesus viu a figueira sem figos é quase como ver uma caixa de chocolate sem chocolate. É um anticlímax. A figueira criou uma expectativa que não se concretizou. E foi amaldiçoada. Metaforicamente apresentara a passagem da purificação do templo do texto à seguir, pois assim como a figueira era de aparência enganosa, os fariseus do templo também. Venderam uma mensagem que não se concretizara. Deus quer que tenhamos frutos para que posso comê-los, desfrutá-los, mas isso depende da nossa essência e não da aparência. A figueira aparentou ter frutos, mas não os teve. Somente folhas. Os fariseus aparentava uma religiosidade, mas também não tinham uma vida como cristão assim como o jovem rico que esperava ser recompensado por aquilo que havia feito, mas que não era na sua essência, pois não renunciara nem colocara o reino de Deus em primeiro lugar. Uma lição para tenhamos Cristo na essência. Saí feliz com o texto, me sentindo alimentado espiritualmente. Uma coisa curiosa foi que atrás de mim sentou um muçulmano que ouviu o estudo, algo bem diferente também do que havia visto na ABU. Depois saímos para um lanche com o pessoal da GBU. Esse foi um pequeno relato que compartilho aqui neste blog.

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