domingo, 13 de maio de 2012

Lisboa - primeiras impressões

Escrevo pela primeira vez nesse blog do outro lado do Oceano Atlântico, mas precisamente na capital portuguesa, onde ficarei por mais de 4 meses numa bolsa de doutorado. Após uma longa viagem Florianópolis - Rio de Janeiro - Paris - Lisboa com 29 horas de viagem, metade das quais no avião e outros na espera no aeroporto, cheguei na capital portuguesa. Comecei à conhecer Lisboa de um modo inusitado, através de uma manifestação chamada "Primavera Global" que se iniciou no Parque do Rossio, à convite do meu orientador. Fui conhecer Lisboa, de maneira intuitiva. Frases curiosas se misturavam entre os manifestantes. Uma dizia "Não queremos partidos,queremos inteiros" e outra "Be the change" (Seja a mudança). Apoio aos outros países em crise (Irlanda, Espanha e Grécia) também entravam na ordem do dia. No final da passeata, cheguei na Feira do Livro, intuitavamente. Muito bem organizada, com inúmeros stands e muitas famílias passeavam entre elas. Um momento diferente foi quando ví um livro que falava do fim da classe média com a crise econômica. Pensei no Brasil, aonde se fala justamente o contrário, da nova classe média, também chamada da classe C. Um ponto positivo foi que encontrei um livro que será útil para os meus estudos por aqui. Outro ponto extremamente positivo foi a hospitalidade dos lusitanos. Em duas situações, fizeram questão de me acompanhar no metrô, ônibus ou bonde para me mostrar aonde deveria descer. Certamente, devagarinho me adapto ao ritmo da cidade. Falta ainda, é claro, experimentar o tradicionalíssimo pastel de Belém, pertinho de onde estou hospedado. A tradição lisboeta diz que "pastel de Belém" só existe um, os outros são pastéis de nata, porque não tem o segredo da receita da famosa iguaria. A primeira regra de um bom viajante: "Respeite as instituições nacionais". O pastel de Belém é certamente uma delas! O fado é outra! Me chamou atenção também, a quantidade de referências brasileiras por aqui. Ví informes publicitários da Rede Record e do Banco do Brasil. Percebo como os portugueses conhecem muito mais o Brasil do que o contrário. O futebol, as novelas, o Rio de Janeiro,a literatura e o cinema são música sõa bem conhecidos por aqui. Essa familiaridade cultural certamente facilita a adaptação. Ao menos é o que eu tenho percebido. Claro que também a viagem tem sido marcado pro alguns contratempos. O primeiro, que já me acostumei nas minhas viagens, é o fato que pelo meu biotipo físico, as pessoas querem conversar comigo em inglês, o que já aconteceu no albergue que estou, bem como numa pizzaria. Outro, é tentar se acostumar com os termos lusitanos. Por exemplo, como nos meios de transporte, comboio, elétrico, auto-carro. Também, aguentar dois colegas de quarto de Cingapura roncar, não foi muito fácil, mas faz parte da viagem.... Uma verdadeira viagem deixa sempre boas histórias para contar....Ela já começou assim e vai continuar!

2 comentários:

Anônimo disse...

Adorei saber como foram tuas primeiras impressões desta terra linda que é Portugal.Saber que Lisboa está cada vez mais viva neste mundo globalizado.
Espero que tenhas entendido que no metrô não há catraca e que o bilhete deve ser "picado" (furado) em cabine separada daquela que compraste o bilhete. Para mim isto foi o mais inusitado de Lisboa quando por aí estive.
Não esqueça de me adicionar no skype.
Estarei na torcida para tudo dar certo e dará, e na expectativa de mais notícias do além mar.
Bjs e tudo de bom.
MAricéia Villas Boas

edpaegle disse...

Oi Maricéia! Não precisa se preocupar, pois comprei o cartão que é recarregável, logo não preciso furá-lo. Mandarei notícias sim. Quanto ao seu chocolate já foi devorado somente perto do Tejo, rs... Agora sim, posso pensar no pastel de Belém. Vou adicioná-la no skype. Um feliz dia das mães!

Abraços, Eduardo Paegle