terça-feira, 20 de abril de 2010
Diga não ao carteiraço!
Acabo de ler pela Internet, que um filho da desambargadora do Tribunal de Justiça, Rejane Andersen, teve o seu carro aprendido,no último dia 15, em virtude das multas não pagas (foram pagas posteriormente na última sexta-feira). O filho da desembargadora, quando parado na blitz, fez a clássica pergunta: "Sabe de quem sou filho?" A desembargadora tentou por telefone, liberar o carro, o que não conseguiu. Um dos policiais afirmou que "ela deveria dar o exemplo." O episódio, infelizmente tão comum, mostra como estamos atrasados em termos democráticos nas pequenas coisas. O fato de uma desembargadora (ou do filho dela), usar essa condição profissional para intimidar um policial, vai contra a idéia de democracia, na medida em que considerar a desembargadora ou o seu filho em termos de igualdade, deque também devem respeitar as leis com qualquer cidadão é compreendido como uma afronta. Isso mesmo que você leu, parte de uma elite utiliza os seus instrumentos de poder, para nas suas relações achar que estão acima da lei. Ora, isso logo como uma desembargadora. À propósito, enquanto na Argentina, um ex-ditador foi preso (Reynaldo Bignone) por crimes contra os direitos humanos por uma pena de 25 anos, por aqui, alguns militares que participaram das torturas ficarem impunes, e os nossos ex-presidentes militares sequer foram julgados. Dois pesos e duas medidas, para uns a severidade da lei, enquanto para osoutro os privilégios, enquanto caminharmos por esse viés seguimos numa democracia cambaleante...
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2 comentários:
Eduardo, lamentavelçmente o "Carteiraço" é uma prática comum neste país que precisa rever muitas coisas, inclusive a corrupção, o sistema eleitoral, a "Constiuitção cidadã" já defasada o carteiraço e outras 1.500 demandas.
Em suma, desigualdade não combina com democracia.
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