segunda-feira, 29 de março de 2010

50 anos de Ayrton Senna e Renato Russo

Semana passada,Ayrton Senna e Renato Russo fariam 50 anos se fossem vivos. Sem dúvida, ambos marcaram uma geração, principalmente o que acompanhou o país na segunda metade da década de 80 e início dos anos 90. Pude acompanhá-los na infância e início da adolescência, na minha geração, a última, antes do advento da Internet, tv à cabo, CD, em outros palavras, na era analógica e não digital. Politicamente, a ultima também que acompanhou o fim da guerra fria, da URSS e da ditadura militar brasileira, a última que não era pós-moderna. Senna e Russo foram, de certa forma, duas personalidades influentes, um na música e outro no esporte. Russo cantava com poesia e rebeldia, em letras quilométricas, que hoje provavelmente não tocariam nas rádios, porque uma música com nove ou até onze minutos de duração, que não cabe na indústria cultural de hoje, porque a regra são as músicas curtas com um refrão fácil de gravar antes de 1'30". Senna, por sua vez, para muitos foi "canonizado" e mitificado pela sua morte em 1994, após 3 títulos mundiais (1988,1990 e 1991). Foi inegável o seu talento, embora num esporte, onde a máquina conta mais do que a capacidade esportiva. Senna já pegou a transição de um novo profissionalismo no esporte, com toda uma estrutura que isso envolve e com uma indústria cultural poderosa, que associava as suas conquistas esportivas ao nacionalismo, notadamente através da Rede Globo. Duas personalidades que influenciaram em duas áreas que fazem a cabeça da juventude: o esporte a música.

Nenhum comentário: